03.09.2008

1ª QUINZENA - AGOSTO 2008

Apostar em sonho ou investir em realidade?


Infelizmente as pessoas não contabilizam aqueles valores que são gastos com apostas nas diversas opções de loterias e sorteios existentes em nosso País. Isso porque mesmo com o bolso vazio, o cidadão continua sonhando com o dinheiro fácil e principalmente em tornar-se rico de um dia para o outro.

É inquestionável que o brasileiro em geral não tem planejamento em longo prazo, quanto menos disciplina, para conquistar algo básico como, por exemplo, sua casa própria sequer pensarmos que isso seria possível apenas com os trocados desperdiçados em ilusões de jogos (sem mencionar bebidas cigarros e demais vícios).

Interessante é que isso ocorre independente da classe econômicas em que se encontra o indivíduo.

Quando o assunto é poupar, fazer um fundo de investimento ou uma previdência privada há sempre uma resistência e entende-se que isso é algo caro, deixando sempre pra depois, e o tempo vai passando e isso nunca é feito. Mais as "verbas" destinadas às apostas nas lotéricas ou demais jogos nunca podem ficar pra depois. Só para ilustrar, vamos fazer uma simulação real de investimentos:

Imaginamos que um apostador comum entre os milhares no Brasil, que gastava R$ 30,00 por mês em suas brincadeiras sonhadoras desiste da idéia de apostar e resolve guardar este dinheiro numa aplicação que rende 0,99% ao mês em uma aplicação razoavelmente boa e assim resolve continuar guardando esse dinheirinho para resgatá-lo 360 meses depois (na época de sua aposentadoria). Para a sua surpresa, o valor acumulado no período será de R$ 102.093,26. Ou seja, o suficiente para comprar a casa própria mesmo que não tenha conseguido ao longo de toda a sua vida.

Não é o milagre da multiplicação, mais sim uma composição real de juros compostos que ao longo do tempo gera um capital gigante em relação aos pequenos valores aplicados.

Este exemplo serve para maiores ou menores valores aplicados proporcionalmente, mas o que importa é se programar e planejar para não chegar à melhor idade desamparado. Não há dúvidas que o futuro (neste aspecto) está em nossas próprias mãos. Será que vale a pena jogar nas remotas chances ou investir no que é real?

Lembre-se que o importante não é a quantidade de dinheiro que vem em suas mãos, mas sim como você administra e faz dele o seu próprio patrimônio.